Diabetes e Rim: todo cuidado é pouco!

Compartilhe:

Diabetes e Rim: todo cuidado é pouco!

Você sabia que o diabetes é a principal causa de Doença Renal Crônica (DRC) terminal em todo o mundo?
Quase metade dos pacientes em diálise são diabéticos.

Cerca de 20 milhões de brasileiros são diabéticos. Desse total, mais de 4 milhões têm algum grau de comprometimento renal — e a grande maioria não sabe, pois a DRC é silenciosa.

Os principais fatores de risco para o diabético desenvolver doença renal são:

  • Tempo de diabetes acima de 5 a 10 anos;
  • Diabetes mal controlado;
  • Lesão em outros órgãos, como na retina;
  • Doença cardiovascular associada;
  • Sobrepeso e obesidade;
  • Pressão arterial não controlada;
  • Ter algum parente com lesão renal pelo diabetes.

Como saber se o paciente diabético tem algum problema renal?

Através de dois exames simples e baratos:

  • Dosagem de creatinina no sangue (com isso, calculamos a taxa de filtração glomerular, uma estimativa da porcentagem de funcionamento renal);
  • Relação albumina/creatinina (RAC) na amostra isolada de urina (a perda de albumina na urina é sinal de lesão renal pelo diabetes).

Esses exames devem ser feitos pelo menos duas vezes ao ano.

Reduções na taxa de filtração glomerular (TFG menor que 60 ml/min) e presença de albuminúria (RAC > 30 mg/g) são sinais de alerta.
O paciente deve procurar o nefrologista o quanto antes.

Quando a doença é diagnosticada em fases precoces, de microalbuminúria < 300 mg/g e função renal normal, o tratamento adequado impede a progressão da DRC.

Novos tratamentos e prevenção

Hoje, dispomos de vários novos medicamentos que, além de controlar o diabetes, têm efeito direto na proteção renal, tais como:

  • Inibidores de SGLT-2;
  • Antagonistas mineralocorticoides (como a finerenona);
  • Agonistas GLP-1 (como a semaglutida).

Esses medicamentos, aliados ao bom controle do diabetes (com dieta adequada e uso correto de medicamentos), ao controle da pressão arterial, perda de peso, abandono do tabagismo e atividades físicas regulares, reduzem muito o risco de diálise no futuro.

O acompanhamento com o nefrologista é fundamental para o paciente com diabetes.

Agende sua avaliação.

Dr. Fabiano Bichuette Custodio
CRM MG 46712 – RQE 31363
Nefrologia • Diálise • Transplante Renal

FAQ – Perguntas Frequentes sobre Diabetes e Doença Renal

1. Todo diabético vai desenvolver problema nos rins?
Não. O risco aumenta com o tempo de doença e falta de controle da glicemia, mas, com acompanhamento adequado, é possível evitar complicações renais.

2. Como o diabetes afeta os rins?
O excesso de glicose no sangue danifica os vasos sanguíneos dentro dos rins, comprometendo sua capacidade de filtrar corretamente o sangue.

3. Quais os primeiros sinais de comprometimento renal no diabético?
Urina com espuma, inchaço nas pernas, aumento da pressão arterial e alterações nos exames de creatinina e microalbuminúria.

4. O que o diabético deve evitar para proteger os rins?
Evitar excesso de sal, açúcar, anti-inflamatórios e manter o peso e a pressão arterial sob controle.

5. É possível reverter a lesão renal causada pelo diabetes?
Nem sempre, mas é possível impedir a progressão da doença com diagnóstico precoce e tratamento adequado.