“Doutor, eu tenho doença renal crônica, vou com certeza fazer diálise?”
Essa talvez seja a principal dúvida — e temor — dos nossos pacientes.
E a resposta dessa dúvida é: “NÃO.”
Hoje, cerca de 10% da população tem doença renal crônica — mais de 20 milhões de brasileiros. Com certeza, se todos precisassem de diálise, não haveria máquinas ou estrutura suficiente.
Os dois principais fatores que impedem ou retardam a necessidade de diálise são:
- Diagnóstico precoce e início do acompanhamento o mais cedo possível;
- Aderência à dieta, orientações e tratamento.
Quando o tratamento começa nos estágios iniciais da doença renal (taxa de filtração glomerular entre 60 e 30 ml/min), o risco de progressão é bem menor.
Nessa fase, a doença é extremamente silenciosa. Por isso, os exames preventivos (creatinina e microalbuminúria) na população de risco (diabéticos, hipertensos, cardiopatas e idosos) são fundamentais para diagnosticarmos a Doença Renal Crônica o mais cedo possível.
Quando iniciamos o tratamento do paciente renal crônico, orientamos:
- Mudanças no estilo de vida (controle de peso, abandono do tabagismo, ingestão hídrica adequada, suspensão dos anti-inflamatórios);
- Dieta (restrição de proteínas e redução do sódio);
- Controle da hipertensão e do diabetes;
- Uso de medicamentos nefroprotetores (inibidores da ECA, bloqueadores da angiotensina, inibidores de SGLT2, antagonistas mineralocorticoides e análogos de GLP-1).
Todas essas medidas retardam a progressão da doença. Dessa forma, o risco de o paciente renal crônico um dia precisar de diálise é reduzido.
Nosso maior objetivo no tratamento do paciente com Doença Renal Crônica é exatamente esse: diminuir o risco de diálise no futuro.
E posso afirmar com certeza: estamos conseguindo isso!
Faça os exames preventivos e inicie seu acompanhamento o quanto antes.
Dr. Fabiano Bichuette Custodio
CRM MG 46712 – RQE 31363


